Introdução: No Brasil, há necessidade de formação de discentes e profissionais de saúde quanto aos cuidados paliativos (CP), visto que ela ainda é deficitária. Com a Política Nacional de Cuidados Paliativos (PNCP) há estímulo tanto para a graduação quanto para educação permanente e continuada de profissionais. Uma das possibilidades é o desenvolvimento de grupos de estudos e de pesquisa que se proponham a debater o tema durante a graduação e que fomentem a inserção de profissionais. Objetivo: Descrever as ações realizadas no Grupo de Estudos sobre Adoecimento e Final de vida (GEAFi). Materiais e métodos: Relato de experiência das atividades desenvolvidas, entre 2022 e 2024, pelo GEAFi, vinculado ao projeto de ensino “Viver, adoecer, morrer: discussões e investigação sobre cuidados paliativos e final de vida” da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Pelotas e coordenado pela última autora do trabalho. Os encontros têm duração de 1h30, são abertos ao público e a divulgação ocorre por meio da mídia social Instagram (@geafiufpel). Resultados: Dentre as diretrizes da PNCP está o estímulo à educação em CP, convergindo à proposta do GEAFi, que estimula reflexões, atualizações e investigações sobre os temas inerentes à área por meio da interlocução entre discentes e docentes, tendo como base literatura consolidada. No ano de 2022 os encontros foram quinzenais e online, tendo sido debatidos os livros “Sobre a morte e o morrer: o que os doentes terminais têm para ensinar a médicos, enfermeiras, religiosos e aos seus próprios parentes”, de Elizabeth-Kubler-Ross; “Uma história social do morrer”, de Allan Kellehear e “História da Medicina”, de Roy Porter. Em 2023 os encontros foram mensais e presenciais, com discussões de artigos que traziam atualizações clínicas e sociais sobre cuidados paliativos e fim de vida. Por fim, durante o ano de 2024, estão ocorrendo encontros mensais abordando os livros “A expropriação da saúde: nêmesis da medicina”, de Ivan Illich e “Corpo em evidência: a ciência e a redefinição do humano”, de Francisco Ortega. No período em questão, a participação predominante foi de discentes de graduação e pós-graduação em enfermagem, com algumas inserções de discentes da Psicologia, da Medicina e da Terapia Ocupacional, com média de 14 alunos e 35 encontros. Conclusões: Percebe-se a importância do GEAFi, visto que a formação de discentes e profissionais está prevista na PNCP e, atualmente, encontra-se distante dos currículos.
Comissão Organizadora
Simone da Fonseca Sanghi
Renata Cunha da Silva
JULIETA CARRICONDE FRIPP
Comissão Científica